terça-feira, 20 de julho de 2010

TUDO PODE DAR CERTO

Whatever works...
Você não precisa ser rico, não precisa ser conhecido, não precisa ser um cara legal, precisa apenas se agarrar em algo que pode dar certo. É isso que o gênio quase ganhador do nobel Boris Yellnikoff (Larry David) nos ensina em Tudo pode dar certo, ele é um velho ranzinza que não acredita mais na vida, não acredita no ser humano, não acredita no amor, acha que nada está correto e que tudo é o que é, mas acreditem, esta pode ser a visão mais romântica da vida.
O elenco é de primeira, a começar pelo fantástico Larry David, que ao assistir um minuto do filme Boris já ganha o teu carisma mesmo sendo a pessoa mais pessimista do mundo, Melodie a moçoila que entra pra virar a vida de Boris é interpretada por Evan Rachel Wood, é gata a moça e tem talento, como diria Boris "ela merece um sete ou oito", o resto do elenco de apoio é sensacional também. É impressionante como os personagens de Woody Allen são tão facilmente reconhecíveis e possuem uma carga de carisma fora do comum, parece que os conhecemos profundamente, funcionam quase que como personagens de seriado mesmo o longa tendo pouco mais de uma hora e meia de duração. Confesso que estou tentando ser um pouco rabugento como Boris, mas não consigo achar nada para criticar, bom talvez o filme seja elegante demais, droga, isso não é ruim!
Tudo que tem num bom filme de Woody Allen está presente neste, os diálogos afiadissímos, com humor, sarcasmo e sensibilidade na medida certa, que não agridem a inteligência do espectador mesmo que ele seja um de "intelecto abaixo da média" novamente parafraseando o velho e rabugento Boris, aliás o ponto alto do filme é sua sutileza, de maneira imperceptível vamos sendo imersos em pensamentos e situações que por mais absurdas que pareçam se encaixam perfeitamente em nossa previsível e mecânica vida. Allen fez um filme leve, mas que trata de um tema pesado, essa foi a grande sacada, tudo é construído de maneira natural e eficaz, a fotografia é belíssima por sua simplicidade, usando uma metáfora rídicula diria que esse filme é quando você acha um pão com margarina mais gostoso que um Super-X-Tudo-Completo. Mas sabem por quê usei esta metáfora? simples, ela pode dar certo...
...whatever works.

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VINA

domingo, 4 de julho de 2010

PERCY JACKSON E O LADRÃO DE RAIOS

Meteoro de Pegasus!
Mais uma vez um filme nos faz criar um novo gênero de classificação! Seguindo os passos de Indiana Jones e o Templo da Perdição que inaugurou a classificação PG-13, Percy Jackson... Inaugura o “SCF-15” (somente com filhos se você tiver mais de 15 anos de idade)!
Por várias vezes tentei ver este filme, e de modo incrível não conseguia passar dos 20 minutos. Hoje, com toda a paciência do mundo, me sentei em frente à tela, tal qual como fazia aos 15 anos para assistir Malhação (ainda era numa academia nessa época...), e minha surpresa foi ótima! Sim, assista sem preconceito e sem comparações com Harry Potter, Desventuras em série, ou filmes desse tipo.
Apesar de o roteiro parecer um queijo suíço, creio que seja bem melhor do que aquela M@#%& de filme sobre vampiros andrógenos do Alaska. O filme é para adolescentes, por isso eu achava um lixo quando começa a ver! Tem muita aventura no filme (alias tem só aventura, a história é um mero detalhe), tem Boromir como Zeus, 007 como um Centauro (?), o filho de um patriota como semideus emo, uma noiva vingativa com cabelos de cobra e a ex-namorada de um certo virgem de 40 anos praticando adultérios subaquáticos! Esqueci do detalhe, tem um imbecil dirigindo tudo isso! Se Chris Columbus ficasse só olhando enquanto Tim Burton trabalhava nesse filme, seria um filme para todas as idades, mas não sei por que RAIOS colocaram este animal que só se dedica a filmes adolescentes de uns tempos pra cá na boléia de tudo! Parece que pegaram a Seleção Brasileira e colocaram o Galvão Bueno de técnico! Muita gente boa, como já citada, e todos atuando de um jeito diferente. Uma Thurman, Sean Bean e Pearce Brosnan, no primeiro escalão e já na seqüência temos Catherine Keener e Logan Lerman. Estes se doam e conseguem manter um nível pré galhofagem, porém Brandon T. Jackson insiste em levar o filme para o nível “Todo mundo em pânico”, e com certeza Columbus tem participação nisso, pelo grande número de tiradas que o infeliz tenta impor durante as quase 2 horas do longa.
É isso! Eu insisti e não me arrependo! Não mudou em nada, não faria falta, mas entrei tanto no clima adolescente que até dei umas risadas e quase mandei uma Cólera do Dragão na cara da Medusa!
Queime Cosmooooooooo!!!!!!
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OGRO

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