terça-feira, 30 de março de 2010

Dellamorte Dellamore

Uma noite alucinante + Atração fatal = Dellamorte Dellamore

Ah o horror italiano, como é divertido, insano e bizonhamente charmoso o horror italiano. Dellamorte Dellamore apesar de não ser muito conhecido do grande público é indiscutívelmente um clássico, um filme de zumbi singular, pelo seu enredo complexo nada convencional a esse tipo de produção, as ótimas atuações de todo o elenco, uma fotografia excelente cheia de estilo, e uma direção de muito talento.
A trama se passa em um estranho cemitério onde as pessoas são enterradas e voltam a vida depois de alguns dias, e Francesco Dellamorte, o coveiro que mora no cemita com seu ajudante Gnaghi (que tem todos os disturbios mentais possíveis), tem o trabalho de "rematar" os mortos. Francesco era pago pelo prefeito da pequena cidade para encobertar o caso, não seria bom para a imagem da cidade ter um cemitério onde os mortos caminham, ainda mais em época de eleição, tudo corria perfeitamente bem até aparecer uma gostosa (sempre elas) e estragar com tudo, a gostosa em questão é uma viúva que vai ao local de trabalho de Francesco chorar a morte do seu recém falecido marido, e como todo bom italiano Francesco não a deixa ir embora sem antes apedrejá-la um pouquinho, a gostosa acaba cedendo ao flerte do coveiro galã, e obviamente os dois amantes vão praticar o coito em cima do túmulo do finado marido, a partir daí vocês podem imaginar o que acontece... ou não.
Baseado nos excelentes quadrinhos italianos Dylan Dog, Dellamorte Dellamore é dirigido pelo também excelente Micheli Soavi, um discípulo de Dario Argento, que ainda mantém vivo o charme do cinema Giallo (horror italiano). Ângulos de câmera extremamente criativos são um detalhe peculiar do longa, aposto que você nunca viu uma morte sob a vista da goela de uma cabeça zumbi voadora, mas não só os ângulos que impressionam na direção, a maneira como o filme é conduzido e as suas tomadas poéticas fazem deste, uma flor na lápide dos filmes de zumbi, nos remete muito ao humor dos anos 80.
O enredo do filme por várias vezes te deixa a sensação de “What a hell is going on?” mas isso por íncrivel que pareça não é ruim, acho que está justamente aí o charme, nada é explicado, apenas acontece, e te vira malandro pra imaginar o porquê disto ou daquilo.
Os atores são todos ótimos, Rupert Everest como Francesco Dellamorte carrega com propriedade o protagonismo do longa, por várias vezes sinto o mesmo carisma de Ash de uma noite alucinante na personagem de Everest; Françoise Hadji-Lazaro é Gnaghi, e ele arrebenta, queria ser amigo desse gordinho careca com todos os problemas mentais possíveis e assim como um pokemon a única coisa que sabe dizer é seu próprio nome; agora falarei dela, como é gostosa a minha amada, querida, quase Silvia Saint, Anna Falchi, essa mulher estonteante, quando entra em cena é um colírio para os olhos, consegue ser boa até a sete palmos abaixo da terra (eu amo ela), o resto do elenco apesar de não ter o mesmo peso do trio central, quando aparece não decepciona, destaque para o investigador, e para a engraçadíssima filha do prefeito.
Dellamorte Dellamore é um filme de originalidade ímpar ao clicherísmo que o gênero zumbi carrega. Recomendado para vivos, mortos, mortos-vivos e vivos-mortos!
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VINA

segunda-feira, 22 de março de 2010

Premonição 4 (3D)

Nem tudo que é 3D se salva!
Noite de sábado, cineminha ,vamos pro 3D do Cinemark pra ver se é bom! Quesito cinema: perde feio pro IMax, e o preço, quase igual; o desastre começa por ai... Mas o pior ainda estava por vir...
Começa que fiz a imensa cagada de ver a porra do trailer no youtube! Hoje em dia o trailer é a mesma coisa que uma porra de um spoiler! Incrível! Achei o filme uma merda ja pelo trailer, mas ainda assim pensei, "Em 3D, vai ser maneiro, ver os bagulho voando na tela e tals!". Segunda parte do desastre.
Ai vem o filme! Que merda! Sério, um lixo! Não é nem sombra do primeiro Premonição! Esta quarta (e se forem sensatos) e última parte da série onde tentam enganar a morte, esta presa as mortes espetaculares, certo? Deveriam, porém os efeitos especiais são horríveis e a melhor parte do filme (graças ao 3D) se dá logo no começo do mesmo, que a partir dai se torna uma chatisse repleta de absurdos. As peripécias do destino, ou morte se assim o quer chamar, para matar os sobreviventes ao acidente automobilísitico, a gente até engole, pois são fatos sobrenaturais. Mas os diálogos vazios, um enredo mal costurado, efeitos especiais mal acabados e para fechar o pacote, um elenco da pior qualidade acabaram com o que já não demonstrava muita espectativa!
Lamentável! não vou nem perder meu tempo falando de parte técnica nem nada, me arrependo de cada centavo gasto, tanto na bilheteria do filme quanto no estacionamento do cinema, sorte que a companhia compensou a tragédia cinematográfica...
Se te chamarem pra ver esta merda, VAZE!
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OGRO

sexta-feira, 5 de março de 2010

Cheech & Chong - Queimando tudo

Até a última ponta...

Sabe aquelas comédias que com o passar dos anos não envelhecem, parece que a cada vez que você assiste, você ri mais. Não, não estamos falando de Chaves, estamos falando da dupla de humorístas Cheech & Chong, e de sua primeira empreitada no cinema com Queimando Tudo.
Cheech é um típico ticano: imigrante ilegal, uma bigodeira respeitável e malandragem de sobra; Chong um hiponga anos 80, vagabundo por natureza e sempre aberto a experiências psicotrópicas; pegue essas duas figuras e deêm a elas um baseado do tamanho de uma salsicha e se preparem pra rir até seu olho ficar vermelho, sua boca seca, olhos de miope lendo livro, foooooome, e altos papos... pode cre, papo é uma parada da hora mesmo, esses tempo ae bati um papo maneiro no bonde, e por falar em bonde... voltando, os zumbis são realmente nojentos, muita tripa, sangue e tal... é...
Este filme é a introdução ao universo de Cheech Marin e Thomas Chong, mostra como a dupla surgiu, seus gostos por marijuana, rock'n roll e chicas.
Tecnicamente o filme é o feijão com arroz perfeito depois da larica. Não tem nenhum ângulo ousado, ou uma edição diferenciada, mas o forte mesmo do filme, é a química entre os personagens e o enredo. A atuação dos chapados é tão perfeita que ficamos na duvida se eles realmente estavam interpretando ou sendo eles mesmo... se é que vocês nos entendem. Queriamos mesmo saber que raios de erva os meliantes estavam fumando.
Na real a gente tá com muita preguiça de resenhar, e não tem mais o que explicar é engraçado e quem quiser assiste, quem não quiser foda-se.
Recomendado por: Cinefilósofos
Legalize iiiiit. Yeahhh

Trailer

terça-feira, 2 de março de 2010

LUTADOR DE RUA

Me chamam de Bone (osso) porque é isso que acontece quando chuto uma pilastra de concreto...

Porrada! Porrada de alto nível! Existe um preconceito muito grande com esse gênero, às vezes chamado de descerebrado, exagerado, sem noção e tudo mais. O problema na verdade é de quem assite esse tipo de filme. Não sou um fã desse gênero, acho maneiro, entendo como funciona e de vez em quando assisto e me sinto satisfeito, mas, repetindo, não é o meu tipo de filme predileto. Falando em satisfação, foi assim que me senti após ver essa pérola da pancadaria. Com uma história clichê, e uma edição rápida e de muita qualidade, temos um filme que deixa você ligado do começo até os créditos. Como já dito o roteiro não tem surpresas, é aquele lance de vingança de um amigo (?), que morreu na cadeia. O falecido estava preso por um crime que não cometeu, levando a quem o incriminou, James (Eamon Walker), um estereótipo de vilão, aquele cara que é do mal mesmo! Tipo o chineizão do mal que tem n'O Grande Dragão Branco. O maluco incrimina o cara para roubar a esposa dele e transforma-la numa viciada/escrava dele. Vamos esquecer o roteiro (eu já esqueci) e falar de Michael Jai White, o protagonista de Spawn, nesse filme interpretando Isaiah Bone. Esse é o cara. As cenas de luta protaginizadas por ele são um show a parte. O cara é forte pra caceta, e além disso é rapido demais! Muita técnica e além da parte da porradaria, o cara interpreta bem, tem cara de mau, daqueles que não dão moral nem pra Silvia Saint segurando um tubo de KY, mas tem um coração mole para casos de injustiça, o verdadeiro paladino. Falando em porradaria e paladino, é impossível não notar que os combates tem uma certa queda no final do filme, mas ocorre o equilíbrio pois ao mesmo tempo que eles entram em declínio, o suspense (bem de leve) e os tiros (que até então não haviam ocorrido) tomam as rédeas. Mesmo assim no final fica um gostinho de "poderia ter mais uns 15 minutos", mas o que esperamos de um filme de porrada? Recomendo para quem não tem preconceitos idiotas, não recomendo para quem gosta de filmes como o iraniano "A Maçã"!
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OGRO