sábado, 30 de outubro de 2010

PIRANHA 3D - SEXO, SUOR E SANGUE

Eu quero um pouco de sacanagem e violência por favor!

Fui ao cinema na intenção de assistir Piranha 3D, e como sempre, cheguei atrasado. Na fila da bilheteria o relógio já marcava 22:35 e o filme havia começado a 5 minutos, mas o que de tão importante eu poderia ter perdido em 5 minutos de piranhas 3D? Talvez uma bunda sendo beliscada por uma piranha faminta, nada mais do que isso.
Não tinha uma moeda sequer no bolso, mas a tecnologia esta aí para nos brindar com suas facilidades, e eu adoro especialmente uma delas: O cartão. Mas qual a minha surpresa quando fui golpeado com esta terrível frase, provinda da boca da única funcionária que atendia a bilheteria "Não estamos passando cartão senhor", obrigado pelo senhor mas você é uma puta! Agora terei que me dirigir até um caixa eletrônico, sacar dinheiro e voltar para esta maldita fila e perder mais que uma bunda beliscada!
Quando me sentei na poltrona e botei os óculos 3D, já tinham se passado quase meia hora de filme, mas bastou ver trinta segundos do longa para entender completamente o enredo, e não se zanguem comigo vou revela-lo para vocês, Piranha 3D é sobre um monte de gente pelada sendo devoradas por piranhas assassinas. Ele é um dos filmes mais graficamente violentos dos últimos tempos, parece que foi feito para mostrar tudo aquilo que você sempre quis ver de mais violento e divertido envolvendo piranhas amarrado num roteiro banal. Não tem nenhum segredo, é sentar e se deliciar com um pouco carníficina e putaria da melhor qualidade, e tudo isso em 3D!
As atuações são todas muito forçadas e mentirosas, mas isto não é ruim, isto é perfeito para um filme que tira sarro de si mesmo e dessa forma funciona muito bem. Destaque para o sempre doutor maluco Christopher Lloyd, um dos poucos rostos conhecidos do longa, mas também temos a presença de Jerry O'Connell e o urso judeu Eli Roth.
A fotografia é um ponto de destaque, com belíssimas tomadas as vezes com um quê de artístico, a foto faz uma combinação bonita e esquisita, mas que se encaixa perfeitamente com as loucuras sanguinárias que movem o filme. Uma cena que vale o destaque são quando duas lésbicas nuas trocam carícias embaixo da água ao som de música clássica, é de uma beleza renascentista, e aqui eu reforço imaginem isso em 3D.
Alexandre Aja o diretor do longa, está se fixando como um dos grandes nomes do cinema de horror dos dias de hoje, que apesar de ser fraco e não ter mais o charme de outrora, volta e meia solta alguma pérola como Piranha 3D, tenho uma teoria que quase todo grande diretor flerta com o terror, James Cameron (que inclusive dirigiu Piranha 2 - Assassinas e voadoras), Peter Jackson, Steven Spielberg, David Fincher, Ridley Scott entre outros estão aí e não me deixam mentir.
Recomendo para quem curte uma diversão sem compromisso, para quem está de bem com a vida e adora ver uma sacanagem e violência gratuita, Piranha resgatou o charme do cinema gore dos anos 70 e 80, você estará banhado de sangue quando rolarem os créditos, é perna decepada pra cá, tripas na água pra lá, gostosas de todos os sabores, peitos, bundas, explosões, tiros, mortes...
...sexo, suor e sangue!
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VINA

Trailer:

sábado, 23 de outubro de 2010

A ARTE EM CARTAZ

Um poster pode ser tão emblemático quanto o próprio filme, mas é uma pena que hoje em dia a maioria dos estúdios não pensam mais assim, foi-se o tempo em que a arte do poster era algo pensado e trabalhado, com grandes artistas e profissionais envolvidos.
Hoje, pra se fazer um poster é muito simples, basta ter um estágiario com noção básica de photoshop, este estágiario com pouquíssima inspiração vai colocar a foto da cabeça dos personagens principais flutuando no meio do poster, para preencher os espaços do lado ele vai por cabeças menores dos coadjuvantes, então ele mesclará as cabeças voadoras com um fundo temático, vai jogar um efeitinho translucido aqui outro ali, o nome do filme com um fonte qualquer e pronto!
Em 20 minutos você terá o poster de seu filme pronto para ser usado em qualquer cinema ou videolocadora.
Foi pensando nisso que resolvemos criar esta sessão onde estarão os melhores posteres do cinema. Lembraremos de grandes posteres que são memoráveis de alguma forma ou por alguma particularidade, por sua visão artística ou pop ou qualquer que seja, se for merecedor, com certeza ele estará n'A ARTE EM CARTAZ!

TUBARÃO
(Jaws) - 1975
Este poster é do caralho, quase dá para se ouvir a trilha sonora só de olhar para ele, uma pobre e indefesa banhista, dando suas braçadas despreocupadas a segundos de ser engolida por um enorme tubarão branco com milhares de dentes na boca, esta pintura tem todo o suspense e o clima de "ih, fodeu" que Spielberg nos coloca ao longo do filme, é por esse motivo que Tubarão esta devidamente colocado entre os melhores posteres de todos os tempos.


DE VOLTA PARA O FUTURO
(Back to the future) - 1985
Spielberg, de novo! Quando a produção é do Spielberg o poster é megabogafodastico. Você tem o resumo da obra em um poster. Ali temos o DeLorean, a clássica cena do asfalto em  chamas, Marty olhando para seu relógio despertador de pulso. Além disso, temos a  qualidade da aerografia. Um verdadeiro clássico.



PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA
(Pulp Fiction) - 1994
Pulp fiction é o nome dado a revistas de baixa qualidade, que começaram a ser publicadas no ínicio do século XX com romances policiais absurdos, histórias de fantasia ou ficção ciêntífica. Foi exatamente isso que Tarantino buscou nesse poster, aquela cara de capa de revista Pulp, as marcas e rasuras que rodeiam o postêr mostram que se trata de um papel de baixa qualidade, e o preço de 10 cents não nos deixa dúvidas de que se trata de uma história pulp, regada de violência, sexo, ladroagem e absurdos. E a propósito; por favor jornaleiro, me vê um maço de Red Apple e essa revistinha chamada "tempo de violência".


FÉRIAS FRUSTRADAS
(National Lampoon's vacation) - 1983
Boris Vallejo. Este homem é o Allejo das pinturas. A qualidade é absurda. Nem essa geração que usa PS, e outras ferramentas digitais consegue superar a aeorografia de Vallejo. Ele consegue entrar na personagem interpretada por Chevy Chase, e repassa no poster como ele próprio se vê. Um deleite para nosso olhos.
P.S. - É sempre bom lembrar que ********* paga peitinho nesse filme.


BANHO DE SANGUE
(Reazione a Catena) - 1971
Este poster é uma obra de arte macabra, um belíssimo trabalho de composição de cores, nele temos uma imagem surreal de uma bela moça nua, saindo de uma espécie de poça de sangue, não dá para definir com clareza se ela está dando um grito de horror ou prazer, mas o que dá para notar com clareza é um facão firmemente empunhado pronto para degolá-la. Nesta imagem existe todo o erotismo e violência que vemos no filme de Mario Bava, e mesmo para quem nunca viu ou ouviu falar, não demora muito para sacar o que se espera dele.


E.T. - O EXTRATERRESTRE
(E.T. - The extra-terrestrial) - 1983
Conversavamos sobre a necessidade de comentar algo sobre este poster. A conclusão que chegamos foi de que Spielberg mantém o titulo de Rei Do Poster. Imagine se você nunca tivesse visto ou houvido falar em E.T. (naquela época não existia a Internet própriamente dita). Agora olhe para o poster ao lado...



*Todos os posteres encontram-se para download em alta resolução.
=D

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RESIDENT EVIL - AFTERLIFE

Um zumbi no fim do tunel...

Já sei, já sei... Alguns de vocês que me conhecem a mais tempo ja ouviram eu falar: "Não assisto mais Resident Evil!". Meu melhor argumento foi prometer (pra mim mesmo) que iria ao IMAX, e esta seria a única chance de voltar a série mais amada e mais odiada do cinenerd*. O que me fez ter essa vontade? Eu e o Rodrigo fechamos o Resident Evil 5 (por um ato absolutamente NERD) e surgiu aquela esperança de que dessa vez aquele "verme" acertasse a mão e nos desse algo digno da série dos games nas telonas.
3D, quem disse que não revolucionaria o cinema? Muitos, mas ja sinto ele me afetando de um modo positivo. Ponto para Geroge Lucas com o retorno Da Saga em 3D. No caso de RE4, fui para ver zumbis pularem da tela, essas coisas, e notei que o 3D foi usado com mais sabedoria do que eu esperava. Óbvio que não como Avatar, onde você fica imerso no filme, mas o torna consideravelmente envolvido.
No quesito efeitos especiais, ponto negativo. Muita boiolice, muito slow, muito zoom, muita rotação, mas muito mesmo. Chega a incomodar em certos momentos. Sem falar que a textura não convence muito, mas isso ja era esperado, vindo do "verme" (me refiro ao suposto diretor).
A história, vai melhorando, pelo menos tem gente do game no filme. Wesker, Chris, Claire, Jill, a galera ta toda la, inclusive uma gama considerável de zumbis. Não vou me aprofundar na historia em geral, pois não assisti o RE3, mas da pra se situar tranquilamente se você está familiarizado com os games.
Na verdade estou tentando explicar porque gostei desse filme, e esta dificil, pois existe um conflito interno em minha pessoa. Minha metade Ogro diz que é maneiro e minha metade Nerd diz que o filme é uma bosta.
Recomendo, mas não va esperando muita coisa...

*cinenerd: nova classificação para filmes derivados de jogos, HQ, e qualquer tipo de diversão nerd. Criei essa categoria pois ela exige um tipo diferente de análise. E na maioria das vezes vai ser detonado pela classe nerd, pois sabemos absolutamente tudo sobre os jogos, HQ, etc, e deixamos claro que uma adaptação nunca ficara perfeita a nossos olhos.
Salvo Senhor dos Anéis.
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OGRO MESTRE

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sábado, 9 de outubro de 2010

RESENHA DO LEITOR - DANÇANDO NO ESCURO

Chegamos a nossa segunda edição do Resenha do leitor, e ela se mostrou um tremendo sucesso, recebemos milhares de resenhas e escolhemos aqui a melhor do mês, ela foi escrita por nossa leitora Tati, e portando é aquela velha história, acendam as tochas e levantem os ancinhos para ela, nós os gloriosos donos deste blog nada temos a ver com as opniões que aqui serão expressadas. Sem mais.
Obrigado.

DANÇANDO NO ESCURO
Para alguns pode parecer muito irreal uma pessoa começar a cantar e sapatear enquanto está conversando com alguém. E a menos que você esteja muito louco, é pouco provável que saia na rua em uma noite chuvosa girando um guarda-chuva (pensando bem, agora muitas pessoas fazem isso... valeu Gene Kelly). Mas o fato é que 'Dançando no Escuro' vai muito além de um musical. Selma (Björk) tem uma doença hereditária em que aos poucos ela perde a visão, algo que também deverá acontecer ao seu filho Gene.
Então ela trabalha exaustivamente, guardando grande parte de seu salário para que um dia seu filho possa ser operado. Porém as coisas começam a ficar complicadas quando algo muito ruim acontece e faz com que sua vida tome outro rumo. Lars von Trier é impiedoso, faz a personagem sofrer sem dó. Tragédia atrás de tragédia. Não há como não se revoltar e se comover. Björk, que apesar de ser considerada uma cantora bizarra com clipes bizarros, não deixa nada a desejar como atriz. Ela consegue passar com tamanha facilidade todas as emoções da personagem e faz tudo com muita pureza e ingenuidade. As cenas musicais, únicas a mostrarem alegria, são devaneios de Selma, que para fugir da realidade, transforma partes de sua vida em canções e coreografias de uma estranha e triste beleza. A tecnologia foi deixada de lado, o longa foi filmado em câmera digital pelas mãos do próprio diretor (uma das regras do Dogma 95) e ainda assim tem uma bela fotografia. Tão especial quanto o que o filme nos proporciona, é perceber como ele consegue nos passar com intensidade a crueldade e insensibilidade das pessoas. Trier consegue nos mostrar tudo isso, mesmo no escuro.
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TATI


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segunda-feira, 4 de outubro de 2010

O PRIMEIRO MENTIROSO

Uma mentirinha que me contaram...

Sem surpresas. Assim começa e termina o filme. O ritmo imposto por Ricky Gervais consegue ser estável do começo ao fim, isso deveria ser um ponto positivo. Deveria. Alguém me falou que este filme seria uma boa experiência, porém, ou eu não entendi o objetivo da película, ou é mais um filme com uma premissa muito boa e um roteiro mais ou menos. Não dá pra entender. Ele começa bem, mas não demora muito para se perder e cair na estatística dos filmes esquecíveis.
Deixando The Office de lado (um ótimo programa, com episódios escritos por Ricky), não conhecia o trabalho do diretor/protagonista/escritor. Não achei o filme engraçado, na verdade é uma dramédia, como Click, Funny People, mas sem o humor ácido das duas citadas, e sem o protagonista carismático que as estrelava. Um filme mediano que deve agradar pessoas mais sensíveis e desatentas. Desatentas, pelo modo como a mentira é tratada num mundo onde ela não existe, mas atividades que envolvem a mentira ainda acontecem (um cassino!??!!). O universo do filme não o envolve, você tem que ter o trabalho (leia-se: paciência) para entrar no clima. O modo como os atores interpretam uma vida sincera é muito forçado, sem nenhuma naturalidade, o que deixa os aproximados 100 minutos de filme entediantes. Quando parece que vai, não vai e você fica ali boiando, se perguntando, como uma péssima direção pode acabar com uma ótima premissa.
Em relação a história do filme: "Uma idéia muito boa, mas tratada de forma carinhosa demais para surtir o efeito "risadas" (no meu tempo chamavamos de comédia os gênereos que causavam gargalhadas em seus espectadores)." Aqui acaba o que eu gostaria de falar sobre o filme.
Recomendo para: quem não gosta de cinema, as mesmas pessoas que gostam das comédias do Rob Shneider (sei la se escreve assim, e não to nem aí), para quem gosta de roteiros sem nada atraente e para todos que odeiam Star Wars e Senhor dos aneis!
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OGRO MESTRE

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