sexta-feira, 1 de fevereiro de 2013

COVA RASA (1994)


Qual é o preço da sua sanidade?

Três amigos dividem um apartamento. O apartamento é grande e ficaria melhor ocupado por quatro pessoas, eles então iniciam uma busca pelo quarto inquilino. A busca não demora e logo encontram a pessoa perfeita, uma pessoa interessante e misteriosa o bastante para mudar o rumo de suas vidas.

Danny Boyle é um diretor que sabe mexer com os nervos do público, a sensação de ter algo te incomodando é permanente do começo ao fim. Em Cova Rasa ele se utiliza muito bem desta sua virtude trazendo um ritmo alucinante ao filme que se “arrasta rapidamente”, por mais estranho que isso possa parecer.

Tenho que falar também da atuação brilhante do trio principal: Ewan McGregor, Christopher Ecclestone e Kerry Fox. Os três têm uma química perfeita e trazem uma realidade ao drama que fica impossível não se importar com eles. Por mais arrogantes, egoístas e despresíveis que eles possam parecer, eles são como nós, ou como muitos que conhecemos e convivemos.

Temos total controle de nossas ações, já que o que eu decido, eu posso fazer. Quantas vezes deixamos de fazer o que é certo em vista do benefício que pode trazer fazer errado. É aí que nos perdemos, eu tenho controle sobre minha ação, mas não tenho nenhum controle sobre as consequências dela. A dádiva de poder fazer o que quer é também a sua maldição, portanto, use-a com cuidado.

Cova Rasa é uma história chocante, imprevisível e angustiante. Que mostra o quão irracional pode ser o ser humano diante de uma tentação. O dinheiro compra tudo? Ele compra valores? Amizades? Ou a verdade? Toda atitude tem um preço, e que as vezes, não se paga com dinheiro.
____
VINA

Trailer:

segunda-feira, 28 de janeiro de 2013

THE WARRIORS - OS SELVAGENS DA NOITE (1979)


Tão selvagens quanto uma matilha de poodles...
 O velho erro cometido mais uma vez... Não aprendo, e é quase sempre igual. Tinha esquecido esse filme, na verdade, tinha uma memória boa desse filme, uma memória de criança.  Mas não era o suficiente. Quando fui questionado pela primeira dama sobre esta película, respondi de primeira: É DO CARALEO! Ledo engano. Começamos a caminhada, lado a lado com toda a fé baseada em minha analise infantil do filme e demos com a cabeça na parede. Demos não, só eu, pois a primeira dama abandonou o filme para algo mais produtivo (dormir). 
 Vamos a avaliação: o filme até começa de um jeito que parece que vai dar em alguma coisa, porém, a velocidade do filme é péssima. Uma correria sem noção se desencadeia e a partir do assassinato de Cyrus (líder de umas das gangues que queriam se juntar para acabar com a policia de NY?!!!!?), tudo entra num nonsense de invejar os criadores do Bob Esponja. Correria, lutas horríveis, atuações péssimas e uma “mocinha” (perdida no filme) tão bela quanto Smeagol. Desconheço o motivo de este filme ter se tornado “cult” aqui no Brasil, afinal, é totalmente voltado para o povo americano, e  a violência (que em minha mente era grande) é quase nula.   Não vou me estender com detalhes técnicos, tampouco biografias ou curiosidades, afinal esta não é uma resenha, é apenas um alerta: Se você já viu, não veja mais, e se não viu, só veja se não tiver expectativa nenhuma, pois para mim, foi uma péssima experiência.
_____
OGRO MESTRE

Trailer:

domingo, 29 de janeiro de 2012

OS PICARETAS (1999)

A arte de se contar uma mentira.

Todo filme em sua essência é uma mentira, por mais que ele seja baseado em fatos reais os atores não viveram a situação, estão encenando, logo, estão “mentindo”. Então porque não contar uma mentira, mentindo? É isso que Robert Bowfinger (Steve Martin) faz em Os Picaretas. Robert é um diretor fracassado, dono de um estúdio de cinema fracassado, eles precisam filmar um sucesso para que o Bowfinger International Pictures não feche as portas. Sem grana para contar com uma estrela de hollywood no papel principal, Robert Bowfinger resolve dirigir o grande astro Kit Ramsey (Ed Murphy) sem que o mesmo saiba, e é aí que a mentira começa.
Uma comédia divertida que não nos faz rolar de tanto rir, mas nos mantem sempre com aquele sorriso simpático no rosto, não é um clássico, não tem nenhuma cena memorável, mas mesmo assim vale a pena ser assistido, principalmente pelas atuações inspiradas de Steve Martin e Ed Murphy. Steve Martin está muito à vontade no papel, ele é um típico picareta, mas que não faz suas picaretagens por grana, faz por amor a arte de fazer filmes, a química entre ele e Ed Murphy deveria ser explorada em mais filmes, funcionou muito bem. Murphy que se perdeu em determinado momento de sua carreira aqui apresenta o que tem de melhor, o seu humor Stand-Up foi muito bem explorado por interpretar mais de um personagem e sempre que o negão aparece, não importa na pele de que personagem, ele rouba a cena.
A parte técnica é bastante competente, o básico feijão com arroz, mas muito bem executada. Temos na direção uma figura que não se destacou por sua carreira como diretor, mas sim por dublar uma das mais famosas e respeitadas marionetes de todos os tempos, Frank Oz o diretor de Os Picaretas é o grandissíssimo Mestre Yoda.
Sua vida, Os picaretas mudar não vai. Nem dificuldade você terá para a história entender, mas se divertindo estará, aquele que Os Picaretas ver.
____
VINA

Trailer:

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

KING KONG (2005)

Uma épica homenagem.
Em 1933 era originalmente lançado King Kong, um marco na história do cinema que assombrou o mundo com os seus incríveis e (para época) verídicos efeitos especiais. Muitos anos se passaram e mesmo assim King Kong continuava a encantar multidões em todas as partes do mundo. E foi na longínqua Nova Zelândia, que este filme mudaria a vida de um garoto que completava seu oitavo aniversário. Com uma Câmera Super 8 na mão, presente de um amigo de seus pais, o pequeno Peter Jackson assistia maravilhado o clássico dos anos 30, e decidia que daquele dia em diante o que ele queria de verdade, era fazer filmes.

Com o sonho de se tornar cineasta realizado e após a conclusão da fantástica trilogia de O Senhor dos Anéis, Peter Jackson sentiu que era a hora de refilmar o filme que inspirou sua carreira, e nos brindou com mais um épico que só ele é capaz de fazer.

A história de King Kong é aquela que todo mundo já conhece; tem o gorilão, tem a moçinha, eles se apaixonam, se casam, tem cinco filhos, se separam e ele vai preso por atrasar 3 meses de pensão... Não, não é bem assim, essa seria a versão novela de King Kong. O filme na realidade, se passa na arrasada Nova York pós crise de 29, Ann Darrow (Naomi Wattz), uma atriz de teatro bem meia-boca, trabalha por qualquer migalha e em qualquer peça vagabunda da cidade. Até que um dia ela é descoberta por um cineasta picareta chamado Carl Denham (Jack Black). Carl promete transformá-la em uma estrela de cinema. Precisando da grana, Ann aceita o papel. O filme de Denham será uma perigosa aventura em uma terra inexplorada, com imagens reais de uma tribo canibal! Tripulação e equipe de filmagem à bordos, eles zarpam de navio para um local inóspito chamado: A Ilha da Caveira!

Com esta premissa King Kong se alonga por mais de 3 horas de aventura e emoção, o filme é claramente dividido em três atos, o primeiro, mais lento, pode acabar afastando o espectador mais impaciente, mas aquele que se sentir tocado pela magia de King Kong não se arrependerá do deleite visual que virá a seguir. Efeitos especiais sempre foram o forte de Peter Jackson e ele não os economiza em sua refilmagem, mas eles não estão ali soltos ou colocados apenas pra atrair quem procura uma diversão barata, eles estão ali porque precisam estar ali! Tudo é muito bem feito e acabado, o irreal e o fantasioso se tornam naturais e nos trazem toda a tensão e sensibilidade necessárias para cada cena. Outro aspecto irretocável de King Kong é sua linda trilha sonora, James Newton Howard fez um trabalho excepcional não tem o que criticar em suas composições um nome a ficar de olho em futuras composições. A fotografia como todos os outros aspectos técnicos também é deslumbrante, as cores nunca estiveram tão vivas nas mãos de Peter Jackson.

Mas o que realmente faz King Kong ser um clássico não é seu efeito especial, não é sua trilha sonora e nem sua fotografia; é sim, sua capacidade de mexer com os sentimentos do espectador, sentimos raiva, sentimos pena, alegria, angústia, tensão, medo; sentimos uma enorme variedade de emoções com diferentes intensidades em um filme só. King Kong pode parecer uma história boba a primeira vista, mas a sua simplicidade nos traz uma enorme quantidade de pensamentos. O amor não se limita a raça, credo ou qualquer outra diferença, mas a ganancia e a cobiça de uma sociedade que se diz civilizada é capaz de deturpar e destruir até mesmo um sentimento tão puro e primitivo.

A visão romantica e arrebatadora de Peter Jackson deste eterno clássico, deve ser conferida por todos que apreciam a sétima arte, pois muito antes de ser uma refilmagem, King Kong é na verdade, uma épica homenagem.

PS: Muito obrigado amigo dos pais de Peter Jackson!
____
VINA

Trailer:

IMORTAIS (2011)

A imortalidade de um gênero.

Como já escrevi anteriormente, não vejo mais traillers e nem vídeos de produção do que está para ser lançado. Dois motivos: normalmente os trailers passam os melhores momentos do filme causando uma certa expectativa pela cena, que no momento do filme vira uma decepção rapidamente, e o segundo motivo é para que seja realmente impactante o momento de entrar no cinema sem saber absolutamene NADA do que vai acontecer, como era antes da internet...
Deste modo fui ver Imortais, e além dos preparativos já citados, sem prconceitos. Filme de aventura. Essa é a definição geral para Imortais. Por mais que em alguns pontos o filme se arraste (um pouco mais de experiência na direção deixaria melhor), nos momentos em que a "pancadaria rola solta", tudo é compensado. Já aviso agora, é filme de PORRADARIA, ou seja, nem dê as caras no cinema se for analisar contexto histórico de mitologia grega(?!?!) ou procurar roteiros com diálogos inteligentes.
Muitas das cenas lembram 300, porém o estilo dessa filmagem, tem muito dos filmes com stop motion sobre mitologia grega (Jasão e os argonautas, Fúria de Titãs (1981)). Há uma sensação de estar vendo um filme antigo com os efeitos atuais.
No "casting" temos Mickey Rourke no papel do Rei Hyperion (isso é um vilão)e John Hurt como "O Velho". Theseus é interpretado por Henry Cavill, o próximo Superman. Para os fãs de Tolkien e Peter Jackson, podemos ver Luke Evans, que interpretará Bard n'O Hobbit, como Zeus (esse rapaz aida não me convenceu). Tem mais gente famosa, mas nem vou tocar em assuntos sobre vampiros e lobisomens.
Enfim caros amigos cinefilosofos, este filme é para quem quer pancadaria e efeitos especiais. Não segue um padrão narrativo, não tem diálogos fantásticos e tão pouco é fiel (??!?) a mitologia grega, mas é um prato cheio para quem curte ver o "bicho pegar" sem esquentar os neurônios. 
____
OGRO MESTRE

Trailer:

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

CONTATO (1997)

Com mil buracos de minhoca!
Lendo o Protocolo Bluehand: Alienígenas, senti saudade de assitir esse clássico (pra mim ja é um) e não passei vontade.
-Primeira regra: não compare livro com filme, isso é coisa para IDIOTAS. São dois tipos de comunicação e se você quer um filme igual ao livro, é melhor ler o livro.
-Segunda regra: Matthew McConaughey pode e tentará arruinar seu filme, porém, é possível impedir isso. Na próxima, cortem o mal pela raiz e não o chamem.
-Terceira regra: Se o seu conceito de filme de "E.T." é limitado a Independence Day, nem perca tempo.
Agora vamos ao que interessa. Carl Sagan, escreveu este romance em 1985, e Bob Zemeckis o trouxe para o cinema em 1997. Duas pessoas extremamente competentes no que fazem só podia dar em algo bom. Digamos que Contato se trata de um filme sobre o universo e não sobre alienigenas, é algo em que estamos diretamente envolvidos. Para os mais desavisados, apresenta vários conceitos, como viagens interdimensionais, buracos de minhocas, questões relacionados ao espaço-tempo, e pasmém, FÉ. Principalmente fé. Fora isso tem aquele "romancezinho" entre o teólogo Palmer Joss (Matthew McConaughey com aquela cara de idiota de sempre) e Ellie, nossa protagonista interpretada por Jodie Foster. Vale ressaltar que a interpretação de Foster é muito boa.
Eu como amante da filosofia e ao mesmo tempo crente em Deus, tenho certa idéia de como é difícil conciliar ciência e fé, porém é possível. Ellie, uma amante da astronomia desde criança, perde seu pai aos 9 anos (sua mãe já havia falecido), e a partir daí, dedica todos os seus esforços à sua paixão pela astronomia e física. Determinada, vai atrás de seus projetos e após várias frustrações, acaba descobrindo um sinal, que após ser decifrado, mostra um projeto de veículo para se viajar no espaço. Paro aqui com o resumo para não estragar mais nada para quem vai ver o filme.
É a grande chance de você levar um pouco mais a sério a probabilidade de existência de vida fora da Terra, e também de fazer um autoquestionamento e descobrir qual seu objetivo na vida. A sensação de viagem pelo espaço-tempo estar correlacionada a uma jornada de auto conhecimento é muito forte. Facilita termos uma visão do que realmente importa, e se ser cético significa realmente ter os pés no chão ou se o ser humano foi feito para sonhar e grande parte da realidade acesta somente em nossas mentes.
____
OGRO MESTRE
Trailer:

quarta-feira, 8 de dezembro de 2010

RESENHA DO LEITOR - SCOTT PILGREN CONTRA O MUNDO

Na resenha do leitor do mês de Dezembro, quem está na fogueira da inquisição dos cinefilosofos, é o leitor Mr. Grieves. Portanto é aquela velha história de sempre, apedrejamento, fuzilamento, ancinhos e tochas para o leitor em questão, toda e qualquer opnião expressada daqui em diante será do nosso querido leitor...
1, 2, 3... valendoooooo...

SCOTT PILGREN CONTRA O MUNDO

Olá! Tudibom?!? Vossas Majestades, os Cinefilósofos, agraciaram esta humilde criatura com a chance de escrever um textículo (hehe) sobre cinema e não outro assunto, neste magnificente pináculo de sabedoria contemporânea. Bajulações e tudo o mais, blá, blá, blá, que já ouvimos
em todo lugar, etc... Vamos ver sobre o filme, então:

ROUND 1. FIGHT!
Na verdade, Scott Pilgrim é uma história super comum, que já vimos muitas vezes por aí, e provavelemente pode até ter acontecido com você: Garoto conhece garota enquanto namora com outra garota, garoto abandona a namorada para ficar com a garota. Garoto precisa lutar com a liga dos 7 ex-namorados da garota para ficar com ela. Trama super-comum, não? Bem novela das oito, né? Agora, o filme se desenrola de uma forma diferente de outras películas, e este foi o excelente trabalho do diretor Edgar Wright (Shaun Of The Dead, Grindhouse, Hot Fuzz), que transformou uma história comum em algo beem louco. Como ele fez isso? Simples: O filme é um game. Sério mesmo. Calma que eu vou explicar.

ROUND 2. FIGHT!
Bem, Scott Pilgrim originalmente é uma série de quadrinhos (graphic novel é desculpa pra vender gibi pra adulto) escrita e desenhada por Bryan Lee O´Malley, lançada entre agosto de 2004 e julho de 2010 (tem 2 volumes no Brasil pra vender). A história, como eu disse, trata de
um garoto de 23 anos - obviamente esse é Scott Pilgrim - que mora em Toronto (Canadá) e toca baixo na banda Sex Bob-omb (Pra quem não sabe, Bob-omb é o nome das bombinhas pretas que aparecem nos jogos do Mário. Acostume-se, que essas referências aparecem no filme todo). De qualquer forma, Scott acaba se apaixonando por uma linda entregadora da Amazon.com, Ramona Flowers, mas não pode namorar com ela enquanto não derrotar (não é pra tentar, é pra derrotar) a liga dos Sete Ex do Mal. Bem, sete exatamente não, mas veja no filme e você entenderá. O clima dos quadrinhos está no filme, só que com alguns detalhes a mais.
Em entrevista recente com o diretor, perguntaram quantas cenas do gibí foram cortadas, e ele disse que apenas pela questão do tempo, apenas uma, e isso já é algo impressionante para Hollywood. E mais, buscaram trazer exatamente o mesmo feeling dos quadrinhos, mas com um toque a mais. Os quadrinhos são em preto-e-branco, e o filme tem cor pra carái.
Mas se até o momento você acha que "tudo bem, o filme parece legalzinho, talvez um dia eu assista", eu aconselharia que você visse rapidinho. É muito interessante a forma como o diretor tratou a película, e você percebe isso já bem no início, quando a abertura da Universal aparece em pixels de 8-bit (sabe o que é isso? Super Nintendo, baby), com aquela musiquinha de sintetizador midi que para quem já ouviu, não esquece.
Basicamente é um filme novo bem legal, com efeitos interessantíssimos, que usa recursos dos videogames de gerações antigas para apresentar uma direção totalmente inusitada. E o pior (ou melhor) é que ficou muito divertido. A fotografia do filme é algo inovador, bem construída e pensada. Não é só um monte de cenas coladas umas ás outras. Logo nas primeiras você percebe que está vendo algo novo. As transições foram planejadas para se encaixarem, como se você se transportasse da visão de uma pessoa para outra a quilômetros de distância. Só posso falar isso. Inovador.
Você até percebe que tem algumas coisas no início do filme, mas de repente quando começa o primeiro show...

Espera um pouco... Aqui vai um spoilerzinho. Se não quer saber, pule este parágrafo.
Quando o Sex Bob-omb vai fazer seu primeiro show e surge o primeiro desafio de Scott, você percebe o que o filme tem realmente de diferente. É um game. É sim. Scott começa a lutar com o ex dando saltos imensos, combos de quinze socos, e ao derrotar seu oponente, ele explode em dezenas de moedinhas?!? What the Hell?!?!? É isso mesmo. é uma pagação. As lutas são em estilo dos games antigos, tipo Street Fighter mesmo, com Hadoukens e golpes especiais, cheio de efeitos divertidos. Sério, quando vi o cara dando um Shoryuken no adversário eu quase me caguei de rir.

Então, agora que você entendeu a dinãmica do filme, eu queria falar do som. Mas se você pulou o parágrafo anterior, perdeu de ler uma coisa muito divertida! Leu? Hahahah, sabia que não ia aguentar. Bem o som do filme é simplesmente o toque moderno de tudo. Nada daquela bobageira de emo, colorido ou dessas bandinhas de hoje em dia. O filme simplesmente tem sons ótimos. Pra você ter uma idéia o próprio Sex Bob-omb é uma banda alternativa, muito influenciada por Sonic Youth.
Se você curte este tipo de som, o filme é pra você. Percebi que iria gostar quando logo na primeira cena onde aparece Pilgrim, o garoto está usando uma camiseta do Smashing Pumpkins, e durante o filme ele usa diversas. Na trilha sonora (que estou ouvindo neste instante e é muito boa), além do próprio Sex Bob-omb, temos Frank Black (do Pixies), Plumtree, The Black Lips, The Roling Stones, Beck, Metric, T-Rex, Broken Social Scene, e mais alguns. Só sonzeira. Além do que, nas cenas de luta, mais agitadas, aqueles barulhinhos eletrônicos de porrada do Double Dragon trazem umclima muito legal.
Bem, pra fechar:

ROUND 3. FIGHT!
Não perca este filme, que é muito legal. Edgar Wright provou ser um novo diretor que tem uma linguagem jovem interessantíssima. Ah, e eu não falei do elenco, mas vou falar. O Scott Pilgrim é interpretado pelo Michael Cera, novo astro juvenil alternativo americano. É, aquele de Juno e Superbad. Tem também a gracinha Mary Elizabeth Winstead (fiquei louco por ela, com aquele cabelo sempre em cores diferentes), que interpreta a garota com muuuuita bagagem Ramona Flowers (sério,ela é mais interessante com o cabelo colorido). Na verdade o superastro do filme é o Michael mesmo. Mas o resto do elenco é bem competente, e com certeza você vai falar algumas vezes "eu já vi essa garota antes", ou "que outro filme este cara fez?". Além de Mary Elizabeth (Duro de Matar 4.0, Premonição 3), temos também no cardápio Alison Pill (Milk) que faz a batera da banda, Mark Webber (Just like the Son, Bomb the System - não lançados no Brasil), como o vocalista, e até Cris Evans (o Tocha Humana do Quarteto Fantástico) como um dos Ex e o ótimo comediante Jason Schwartzmann (Huckabees e a série Bored To Death),
que faz o final boss.
Mas agora chega! Não quero mais falar do filme. Assista e depois me digam suas opiniões. Espero realmente que gostem, porque eu gostei. Apesar de que sou meio nerd, então posso ser suspeito para falar. E obrigado, amigos Cinefilósofos, pela oportunidade. Ah! Antes que eu me esqueça, tem um jogo do Scott Pilgrim, e adivinha:
plataforma 2d. Clássico!
É só. Valeu!
__
Mr_Grieves


Trailer:

terça-feira, 23 de novembro de 2010

A ÓRFÃ

Terror à moda antiga
 
Sou um amante do terror, e me sinto órfão ( HÁ! ) atualmente. O terror hoje perdeu o sentido, os diretores não se preocupam mais com o medo, os filmes não possuem mais aquele ar sinistro, nem aquela tensão que nos faz arrepiar os pêlos do bozó. Hoje pra se fazer terror é só encher a tela com cenas de mutilações e nojentices diversas. Não sou contra esse tipo de produção, pelo contrário, gosto de muitas delas, mas sou contra o que ela está fazendo com o terror, que está esquecendo da magia e da identidade que mestres como Hitchcock, Bava, Argento, Cronenberg, Carpenter, entre outros lutaram para construir, para se ver como o terror perdeu a força, tente citar o nome de um, UM mísero diretor de terror da nova geração que conseguiu se firmar entre os grandes... Não tem. Mas é bom ficar de olho neste camarada aqui: Jaume Collet-Serra.
Segue aqui uma pequena biografia do cidadão: Jaume Collet-Serra iniciou sua carreira dirigindo o segundo remake da Casa de cera, um filme agradável aos fãs do gênero e com uma cena memorável da socialite Paris Hilton sendo empalada por um cano de ferro ( =D ). Em sua segunda empreitada Serra dirigiu a sequência do filme Gol, um longa a lá Disney sobre futebol - apesar de ser apaixonado pelo esporte este filme é uma bela de uma merda, mas tudo bem - dois anos depois, Serra voltou ao terror com A órfã, filme o qual resenharei no próximo parágrafo.
Todo esse devaneio que escrevi acima serviu para mostrar a vocês que Serra resgatou um pouco (dadas as devidas proporções) da magia do terror com A órfã, a história é sobre um casal que adota uma menina que não é bem o anjinho que aparentava ser. É nessa premissa simples que Serra trabalha com maestria para instaurar um clima sombrio desde o primeiro minuto do longa, e o que ajuda muito nessa climatização é sua fotografia quase sem cor, a saturação baixa que deixa todas as cores apagadas ou foscas traz a quem assiste um clima sinistro e desesperançoso que se encaixa perfeitamente com o enredo. O desenrolar da trama segue num ritmo coordenado, usando a fórmula do bom e velho terror oitentista, é aquela coisa: um pouco da trama, uma morte, mais trama, mais morte, trama, morte, morte, morte, plot twist e fim.
Outro ponto que ajuda muito A órfã se destacar no terror atual é o nível da atuação, todos os atores são muito bons e muito bem dirigidos, a menina Esther interpretada por Isabelle Fuhrman é o capeta em forma de guria, sua malícia é passada com tamanha veracidade que coloco ela no hall das crianças mais diabólicas do cinema, Damien ganhou uma irmãzinha e tanto. Os pais interpretados por Vera Farmiga e Peter Sarsgaard, levam o elenco adulto do filme com muita propriedade e fazem uma química perfeita com a "adorável" Esther.
A trilha sonora é regada com sons bizonhos que acompanham os sustos e assim como a fotografia deixa tudo mais sinistro e sombrio.
O que pode incomodar alguns é que A órfã é regado de clichês, mas eu acho que até aí o filme acerta, ele possui muitas referências a grandes títulos do horror, pode-se notar uma clara homenagem a Halloween e Brinquedo Assassino, e como eu gosto de dizer o clichê se usado com sabedoria não é necessariamente uma coisa ruim, no terror é muito melhor ser uma cópia bem feita do que uma merda original.
__
VINA

Trailer

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

CORAÇÃO DE CAVALEIRO

A vida dele não pertence mais a esse corpo fétido.

Se você pensa em como seria um filme de cavaleiros medievais, esta é a película que mais se aproximaria do que sua mente imagina. O foco do filme são as justas, aquelas disputas clássicas que envolvem homens com armaduras clichês, em cima de cavalos e com uma pusta lança (ui) em punhos. Calma, tem mais, muito mais!!!! A trilha sonora assinada por Carter Burwell, faz parecer natural um rock and roll rolando no tempo da Távola Redonda. Orquestras? Confere. Queen? Confere. ACDC? Confere! Ca&*%$o maluco!!!  E tem mais, tem Heath Ledger, ainda galã teen na época mas de qualidade inegável (O Patriota, Batman, o Cavaleiro das Trevas), tem Paul Bettany, um bardo que já inspirou algumas partidas de RPG, e junto um cast muito forte, não em nome, mas muito inspirados para fazer um trabalho de primeira categoria. Exagero? Não. O filme te satisfaz! Tem muita aventura, tem drama familiar (leve), tem um pouco de romance para os mais sensíveis (ui), muita comédia e tudo isso em harmonia. Brian Helgeland mantem a linha durante o filme e demonstra que além de diretor muito competente, tem um domínio total sobre a história (que foi escrita por ele mesmo).
A idéia do filme não é retratar historicamente a "Idade média", e sim retratar um CONTO DE CAVALEIRO que seria a tradução literal do nome original do filme (Knight's Tale). Quer algo mais real, assista Cruzadas, mas não deixe de ver Coração de Cavaleiro. Vai ter muita canastrice, coisas absurdas, mas é muito bom. Diálogos ora que nos levam para o tempo dos castelos e ora parecem VJs descontrolados da MTV.
Não gosto de revelar muito sobre o filme, creio que passar o que sentimos quando o vemos é o nosso objetivo, e creio que já notaram o quanto gosto desse filme, mas vou reafirmar que além de gostar e recomendar, tecnicamente ele é ótimo também. Para todo tipo de público, de leitoras de Contigo e Ti-ti-ti (mesmo crendo que elas nem passam perto de nosso blog) à cultuadores do grande Tarantino, peguem seu elmo, chamem seu bardo e caiam na gandaia medieval.
Ainda em tempo, aqueles malditos cinéfilos que dão Kikitos para qualquer filme chique*, passem longe deste ou vocês podem achá-lo HOR-RÍ-VEL!
* Filmes que só os super cinéfilos que acham que "só é bom o que ninguém entende" gostam. Exemplos: Filmes Iranianos com títulos como A Maça, filmes nacionais com titulo de A Festa Da Menina Morta.
__
OGRO MESTRE

Trailer

terça-feira, 16 de novembro de 2010

A FESTA DA MENINA MORTA

Mateus, não sabe brincar, não brinca.
Que me desculpem os pseudo-intelectuais e sofisticados de plantão, mas este filme é irritantemente chato, e o que o torna tão chato é sua obsessão por ser artístico.
Uma pequena vila do Amazonas celebra todos os anos a festa da menina morta, uma celebração onde fiéis se reunem para receber a benção de Santinho, um moço um tanto quanto afetado que incorpora o espírito de uma garotinha desaparecida que fala as revelações para o ano que virá. Esta premissa se arrasta de forma torturante durante suas quase duas horas de duração, não existe uma trama envolvente nem nada que cative o espectador, a momentos que temos a impressão de ver fragmentos de realidade e não um filme propriamente dito. A sensação que tive assistindo A festa da menina morta, é a mesma que ficar sentado na sala de espera de um consultório de dentista durante duas horas, observando as pessoas abrirem portas ou irem ao bebedouro, é esta realidade excitante que encontramos no longa, nem os momentos em que o filme tenta chocar o espectador o tiram do marasmo, na verdade seus momentos de choque são de gosto duvidoso e até desnecessários, não vejo poesia em assistir um porco morto sendo lavado durante cinco minutos, ou um jacaré estrebuchado boiando na beira de um rio, e muito menos em uma cena brokeback mountain entre pai e filho que já estava mais do que insinuada, e é de repugnância totalmente desnecessária.
A festa da menina morta marca a estréia do grande ator Mateus Nachtergaele na direção de um longa, e posso dizer que como diretor ele é realmente um ótimo ator. O longa é carregado por uma chaga de ator dirigindo filme, a importância dada as atuações acaba amarrando o desenrolar da história que se torna confusa, sonolenta e monótona. Mas para não dizer que tudo é ruim, as atuações são ótimas, Daniel Oliveira no papel de santinho é uma espécie de Cazuza canonizado, seu pai é interpretado por Jackson Antunes que sempre considerei um grande ator e neste filme ele faz o papel de porco em todos os sentidos da palavra, mas o destaque mesmo é o desconhecido Juliano Cazarré, este ator tem muito potencial e me admira não ter espaço no grande cinema brasileiro, é um enorme desperdício de talento.
A fotografia é bonita mas acaba pecando pelo exagero, sempre querendo tomar um ângulo artístico acaba parecendo mais um exercício de fotografia do que uma fotografia que ajude a já perdida narrativa.
Enfim, a festa da menina morta valeu para provar que um bom filme é uma mentira bem contada e não uma realidade inventada.
__
VINA

Trailer

sexta-feira, 12 de novembro de 2010

RESENHA DO LEITOR - A ÚLTIMA MÚSICA

A resenha do leitor do mês de Novembro, é novamente de nossa querida e mais assídua leitora Cris, que contribuiu amigávelmente com sua crítica. Portanto a crítica é dela, foices, ancinhos, tochas e calderões com óleo fervente devem ser apontados a ela, não a nós, os magestosos donos deste blog. Um breve adeus e Cris, a palavra é tua...
... só não vale se ofender. 


A ÚLTIMA MÚSICA


"As vezes é preciso se afastar das pessoas que você ama. Mas isso não quer dizer que você os ama menos. Ás vezes você os ama ainda mais."
Este Romance / Drama é mais um dos filmes baseados em livros do escritor Nicholas Sparks, que, acredito eu, dispensa maiores apresentações.
Em um roteiro suave e agradável como todo bom romance deveria ter, “A Última Música” vem com doses de lição de moral, compaixão, solidariedade e perdão na medida certa. Para quem (como eu) chora até em comercial de margarina, um aviso, preparem os lenços.
Ronnie (Miley Cyrus) e seu irmão Jonah (Bobby Coleman) são obrigados pela mãe a irem passar férias junto com o pai, Ronnie é a “a garota problema” desde a separação dos mesmos, abandonou os estudos, se mete constantemente em encrencas e presenteia a todos com muito mau humor. Até que ela conhece Will, o bom moço da cidade pequena, ou melhor, o perfeito príncipe encantado, estilo “bonito, rico e que me compreenda”, aí as coisas começam a mudar.
O filme trabalha muito bem e separadamente o romance adolescente entre Ronnie e Will e lida de forma emocionante com o drama familiar vivido. Ainda restando tempo para pregar o vegetarianismo, a preservação das tartarugas marinhas e a arte de se fazer um vitral de igreja.
Miley Cyrus se encaixou tão bem no papel de garota mal educada e mimada que passamos a ter a certeza de que não se tratava de uma representação, e sim dela mesma. Acredito que a personagem não seria tão insuportável se vivida por outra atriz. O estrago causado por Hannah Montana é compensado pelo irmão dela no filme, Bobby Coleman que mandou muito bem.
Não perca seu tempo querendo discutir se cada filme de romance é único, ou se são todos a mesma coisa, romance é para românticos, se você não gosta, não assista.
__
CRIS

Trailer:

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

UMA NOVA ESPERANÇA



LIBERDADE DE EXPRESSÃO PARA TODOS

Dedicaremos este paragráfo, a quem nos ajudou, atrapalhou, aturou, e acima de tudo aqueles que nos xingaram e discordaram e deram margem para a discussão, que é o principal objetivo deste blog...
depois de ganhar dinheiro é claro.

Ao Balaba the cagalhation man, ao Frodo o portador do skate aquático, ao General Lee e sua presença invisível, a Mel a desaparecida, a Cris a magoada por dentro,
ao Fino e a horda do dragões do sol negro, a jovem Tati que está descobrindo os verdadeiros prazeres do cinema, a Lorena e o post mágico do Totoro que só existe no mundo da Lorena, ao Lui grande amigo vagabundo e ex atendente de locadora, ao Reginaldo, a Envol video e seu catálogo horrível (Marney, Mamão e pai Osmar), a Marley por sua alegria e inspiração, ao Heitor de la Vega, ao seo Vito e suas influências nos filmes de bang-bang, ao manicômio share e suas infindáveis contribuíções, ao 3D, ao Narsa, ao Tony Balada, a piazada do boards, aos esquecidos...

Ao George Lucas, Steven Spielberg, Clint Eastwood, Francis Ford Coppola, Stanley Kubrick, Quentin Tarantino, Robert Rodriguez, Guy Ritchie, irmãos Coen, Paul Thomas Anderson, Kevin Smith, Robert Zemeckies, José Mojica Marins, Alfred Hitchcock, Mario Bava, David Fincher, Mel Gibson, Terry Gilliam e sua trupe, Mel Brooks, Wes Craven, Sam Raimi, Sylvester Stalone, Silvia Saint, Silvio Santos, Hayao Miyazaki, Walt Disney, Hergé, Tolkien, aos outros esquecidos (Shyamalan, você não foi esquecido) e especialmente para vocês, Peter Jackson e Tim Burton.

sábado, 30 de outubro de 2010

PIRANHA 3D - SEXO, SUOR E SANGUE

Eu quero um pouco de sacanagem e violência por favor!

Fui ao cinema na intenção de assistir Piranha 3D, e como sempre, cheguei atrasado. Na fila da bilheteria o relógio já marcava 22:35 e o filme havia começado a 5 minutos, mas o que de tão importante eu poderia ter perdido em 5 minutos de piranhas 3D? Talvez uma bunda sendo beliscada por uma piranha faminta, nada mais do que isso.
Não tinha uma moeda sequer no bolso, mas a tecnologia esta aí para nos brindar com suas facilidades, e eu adoro especialmente uma delas: O cartão. Mas qual a minha surpresa quando fui golpeado com esta terrível frase, provinda da boca da única funcionária que atendia a bilheteria "Não estamos passando cartão senhor", obrigado pelo senhor mas você é uma puta! Agora terei que me dirigir até um caixa eletrônico, sacar dinheiro e voltar para esta maldita fila e perder mais que uma bunda beliscada!
Quando me sentei na poltrona e botei os óculos 3D, já tinham se passado quase meia hora de filme, mas bastou ver trinta segundos do longa para entender completamente o enredo, e não se zanguem comigo vou revela-lo para vocês, Piranha 3D é sobre um monte de gente pelada sendo devoradas por piranhas assassinas. Ele é um dos filmes mais graficamente violentos dos últimos tempos, parece que foi feito para mostrar tudo aquilo que você sempre quis ver de mais violento e divertido envolvendo piranhas amarrado num roteiro banal. Não tem nenhum segredo, é sentar e se deliciar com um pouco carníficina e putaria da melhor qualidade, e tudo isso em 3D!
As atuações são todas muito forçadas e mentirosas, mas isto não é ruim, isto é perfeito para um filme que tira sarro de si mesmo e dessa forma funciona muito bem. Destaque para o sempre doutor maluco Christopher Lloyd, um dos poucos rostos conhecidos do longa, mas também temos a presença de Jerry O'Connell e o urso judeu Eli Roth.
A fotografia é um ponto de destaque, com belíssimas tomadas as vezes com um quê de artístico, a foto faz uma combinação bonita e esquisita, mas que se encaixa perfeitamente com as loucuras sanguinárias que movem o filme. Uma cena que vale o destaque são quando duas lésbicas nuas trocam carícias embaixo da água ao som de música clássica, é de uma beleza renascentista, e aqui eu reforço imaginem isso em 3D.
Alexandre Aja o diretor do longa, está se fixando como um dos grandes nomes do cinema de horror dos dias de hoje, que apesar de ser fraco e não ter mais o charme de outrora, volta e meia solta alguma pérola como Piranha 3D, tenho uma teoria que quase todo grande diretor flerta com o terror, James Cameron (que inclusive dirigiu Piranha 2 - Assassinas e voadoras), Peter Jackson, Steven Spielberg, David Fincher, Ridley Scott entre outros estão aí e não me deixam mentir.
Recomendo para quem curte uma diversão sem compromisso, para quem está de bem com a vida e adora ver uma sacanagem e violência gratuita, Piranha resgatou o charme do cinema gore dos anos 70 e 80, você estará banhado de sangue quando rolarem os créditos, é perna decepada pra cá, tripas na água pra lá, gostosas de todos os sabores, peitos, bundas, explosões, tiros, mortes...
...sexo, suor e sangue!
__
VINA

Trailer:

sábado, 23 de outubro de 2010

A ARTE EM CARTAZ

Um poster pode ser tão emblemático quanto o próprio filme, mas é uma pena que hoje em dia a maioria dos estúdios não pensam mais assim, foi-se o tempo em que a arte do poster era algo pensado e trabalhado, com grandes artistas e profissionais envolvidos.
Hoje, pra se fazer um poster é muito simples, basta ter um estágiario com noção básica de photoshop, este estágiario com pouquíssima inspiração vai colocar a foto da cabeça dos personagens principais flutuando no meio do poster, para preencher os espaços do lado ele vai por cabeças menores dos coadjuvantes, então ele mesclará as cabeças voadoras com um fundo temático, vai jogar um efeitinho translucido aqui outro ali, o nome do filme com um fonte qualquer e pronto!
Em 20 minutos você terá o poster de seu filme pronto para ser usado em qualquer cinema ou videolocadora.
Foi pensando nisso que resolvemos criar esta sessão onde estarão os melhores posteres do cinema. Lembraremos de grandes posteres que são memoráveis de alguma forma ou por alguma particularidade, por sua visão artística ou pop ou qualquer que seja, se for merecedor, com certeza ele estará n'A ARTE EM CARTAZ!

TUBARÃO
(Jaws) - 1975
Este poster é do caralho, quase dá para se ouvir a trilha sonora só de olhar para ele, uma pobre e indefesa banhista, dando suas braçadas despreocupadas a segundos de ser engolida por um enorme tubarão branco com milhares de dentes na boca, esta pintura tem todo o suspense e o clima de "ih, fodeu" que Spielberg nos coloca ao longo do filme, é por esse motivo que Tubarão esta devidamente colocado entre os melhores posteres de todos os tempos.


DE VOLTA PARA O FUTURO
(Back to the future) - 1985
Spielberg, de novo! Quando a produção é do Spielberg o poster é megabogafodastico. Você tem o resumo da obra em um poster. Ali temos o DeLorean, a clássica cena do asfalto em  chamas, Marty olhando para seu relógio despertador de pulso. Além disso, temos a  qualidade da aerografia. Um verdadeiro clássico.



PULP FICTION - TEMPO DE VIOLÊNCIA
(Pulp Fiction) - 1994
Pulp fiction é o nome dado a revistas de baixa qualidade, que começaram a ser publicadas no ínicio do século XX com romances policiais absurdos, histórias de fantasia ou ficção ciêntífica. Foi exatamente isso que Tarantino buscou nesse poster, aquela cara de capa de revista Pulp, as marcas e rasuras que rodeiam o postêr mostram que se trata de um papel de baixa qualidade, e o preço de 10 cents não nos deixa dúvidas de que se trata de uma história pulp, regada de violência, sexo, ladroagem e absurdos. E a propósito; por favor jornaleiro, me vê um maço de Red Apple e essa revistinha chamada "tempo de violência".


FÉRIAS FRUSTRADAS
(National Lampoon's vacation) - 1983
Boris Vallejo. Este homem é o Allejo das pinturas. A qualidade é absurda. Nem essa geração que usa PS, e outras ferramentas digitais consegue superar a aeorografia de Vallejo. Ele consegue entrar na personagem interpretada por Chevy Chase, e repassa no poster como ele próprio se vê. Um deleite para nosso olhos.
P.S. - É sempre bom lembrar que ********* paga peitinho nesse filme.


BANHO DE SANGUE
(Reazione a Catena) - 1971
Este poster é uma obra de arte macabra, um belíssimo trabalho de composição de cores, nele temos uma imagem surreal de uma bela moça nua, saindo de uma espécie de poça de sangue, não dá para definir com clareza se ela está dando um grito de horror ou prazer, mas o que dá para notar com clareza é um facão firmemente empunhado pronto para degolá-la. Nesta imagem existe todo o erotismo e violência que vemos no filme de Mario Bava, e mesmo para quem nunca viu ou ouviu falar, não demora muito para sacar o que se espera dele.


E.T. - O EXTRATERRESTRE
(E.T. - The extra-terrestrial) - 1983
Conversavamos sobre a necessidade de comentar algo sobre este poster. A conclusão que chegamos foi de que Spielberg mantém o titulo de Rei Do Poster. Imagine se você nunca tivesse visto ou houvido falar em E.T. (naquela época não existia a Internet própriamente dita). Agora olhe para o poster ao lado...



*Todos os posteres encontram-se para download em alta resolução.
=D

sexta-feira, 15 de outubro de 2010

RESIDENT EVIL - AFTERLIFE

Um zumbi no fim do tunel...

Já sei, já sei... Alguns de vocês que me conhecem a mais tempo ja ouviram eu falar: "Não assisto mais Resident Evil!". Meu melhor argumento foi prometer (pra mim mesmo) que iria ao IMAX, e esta seria a única chance de voltar a série mais amada e mais odiada do cinenerd*. O que me fez ter essa vontade? Eu e o Rodrigo fechamos o Resident Evil 5 (por um ato absolutamente NERD) e surgiu aquela esperança de que dessa vez aquele "verme" acertasse a mão e nos desse algo digno da série dos games nas telonas.
3D, quem disse que não revolucionaria o cinema? Muitos, mas ja sinto ele me afetando de um modo positivo. Ponto para Geroge Lucas com o retorno Da Saga em 3D. No caso de RE4, fui para ver zumbis pularem da tela, essas coisas, e notei que o 3D foi usado com mais sabedoria do que eu esperava. Óbvio que não como Avatar, onde você fica imerso no filme, mas o torna consideravelmente envolvido.
No quesito efeitos especiais, ponto negativo. Muita boiolice, muito slow, muito zoom, muita rotação, mas muito mesmo. Chega a incomodar em certos momentos. Sem falar que a textura não convence muito, mas isso ja era esperado, vindo do "verme" (me refiro ao suposto diretor).
A história, vai melhorando, pelo menos tem gente do game no filme. Wesker, Chris, Claire, Jill, a galera ta toda la, inclusive uma gama considerável de zumbis. Não vou me aprofundar na historia em geral, pois não assisti o RE3, mas da pra se situar tranquilamente se você está familiarizado com os games.
Na verdade estou tentando explicar porque gostei desse filme, e esta dificil, pois existe um conflito interno em minha pessoa. Minha metade Ogro diz que é maneiro e minha metade Nerd diz que o filme é uma bosta.
Recomendo, mas não va esperando muita coisa...

*cinenerd: nova classificação para filmes derivados de jogos, HQ, e qualquer tipo de diversão nerd. Criei essa categoria pois ela exige um tipo diferente de análise. E na maioria das vezes vai ser detonado pela classe nerd, pois sabemos absolutamente tudo sobre os jogos, HQ, etc, e deixamos claro que uma adaptação nunca ficara perfeita a nossos olhos.
Salvo Senhor dos Anéis.
__
OGRO MESTRE

Trailer: