quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

KING KONG (2005)

Uma épica homenagem.
Em 1933 era originalmente lançado King Kong, um marco na história do cinema que assombrou o mundo com os seus incríveis e (para época) verídicos efeitos especiais. Muitos anos se passaram e mesmo assim King Kong continuava a encantar multidões em todas as partes do mundo. E foi na longínqua Nova Zelândia, que este filme mudaria a vida de um garoto que completava seu oitavo aniversário. Com uma Câmera Super 8 na mão, presente de um amigo de seus pais, o pequeno Peter Jackson assistia maravilhado o clássico dos anos 30, e decidia que daquele dia em diante o que ele queria de verdade, era fazer filmes.

Com o sonho de se tornar cineasta realizado e após a conclusão da fantástica trilogia de O Senhor dos Anéis, Peter Jackson sentiu que era a hora de refilmar o filme que inspirou sua carreira, e nos brindou com mais um épico que só ele é capaz de fazer.

A história de King Kong é aquela que todo mundo já conhece; tem o gorilão, tem a moçinha, eles se apaixonam, se casam, tem cinco filhos, se separam e ele vai preso por atrasar 3 meses de pensão... Não, não é bem assim, essa seria a versão novela de King Kong. O filme na realidade, se passa na arrasada Nova York pós crise de 29, Ann Darrow (Naomi Wattz), uma atriz de teatro bem meia-boca, trabalha por qualquer migalha e em qualquer peça vagabunda da cidade. Até que um dia ela é descoberta por um cineasta picareta chamado Carl Denham (Jack Black). Carl promete transformá-la em uma estrela de cinema. Precisando da grana, Ann aceita o papel. O filme de Denham será uma perigosa aventura em uma terra inexplorada, com imagens reais de uma tribo canibal! Tripulação e equipe de filmagem à bordos, eles zarpam de navio para um local inóspito chamado: A Ilha da Caveira!

Com esta premissa King Kong se alonga por mais de 3 horas de aventura e emoção, o filme é claramente dividido em três atos, o primeiro, mais lento, pode acabar afastando o espectador mais impaciente, mas aquele que se sentir tocado pela magia de King Kong não se arrependerá do deleite visual que virá a seguir. Efeitos especiais sempre foram o forte de Peter Jackson e ele não os economiza em sua refilmagem, mas eles não estão ali soltos ou colocados apenas pra atrair quem procura uma diversão barata, eles estão ali porque precisam estar ali! Tudo é muito bem feito e acabado, o irreal e o fantasioso se tornam naturais e nos trazem toda a tensão e sensibilidade necessárias para cada cena. Outro aspecto irretocável de King Kong é sua linda trilha sonora, James Newton Howard fez um trabalho excepcional não tem o que criticar em suas composições um nome a ficar de olho em futuras composições. A fotografia como todos os outros aspectos técnicos também é deslumbrante, as cores nunca estiveram tão vivas nas mãos de Peter Jackson.

Mas o que realmente faz King Kong ser um clássico não é seu efeito especial, não é sua trilha sonora e nem sua fotografia; é sim, sua capacidade de mexer com os sentimentos do espectador, sentimos raiva, sentimos pena, alegria, angústia, tensão, medo; sentimos uma enorme variedade de emoções com diferentes intensidades em um filme só. King Kong pode parecer uma história boba a primeira vista, mas a sua simplicidade nos traz uma enorme quantidade de pensamentos. O amor não se limita a raça, credo ou qualquer outra diferença, mas a ganancia e a cobiça de uma sociedade que se diz civilizada é capaz de deturpar e destruir até mesmo um sentimento tão puro e primitivo.

A visão romantica e arrebatadora de Peter Jackson deste eterno clássico, deve ser conferida por todos que apreciam a sétima arte, pois muito antes de ser uma refilmagem, King Kong é na verdade, uma épica homenagem.

PS: Muito obrigado amigo dos pais de Peter Jackson!
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VINA

Trailer:

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