terça-feira, 12 de janeiro de 2010

AVATAR - James Cameron

Parte I

Deixaremos claro aqui, que este especial não é uma resenha, não falaremos sobre a parte técnica do filme. Nossa idéia é em cada especial, trazer algo diferente ao leitor, uma visão filosófica sobre a obra comentada, afinal de que é feito um cinefilósofo se não de filosofias?
A partir daqui, se você ainda não viu Avatar pare de ler.


Mas, se você continuou a ler é porque está cagando pra tudo isso.
Vários assuntos são abordados no enredo de Avatar, e são usados em forma de metáforas, a questão da colonização é tratada desde o ínicio do filme quando nos é apresentado o motivo de o ser humano estar em Pandora, tudo por um mineral que valia bilhões de dólares. Fazendo uma analogia com a história, esta situação ocorreu várias vezes aqui mesmo, na nossa amada e morimbunda Terra, talvez para os americanos e europeus não fique tão claro quanto para nós, que vivemos e ainda vemos essa realidade. Em um diálogo do filme, notamos dois humanos discutindo uma tentativa de "colonização", onde uma das personagens diz que já foi dado de tudo (material, religioso e cultural) aos nativos e eles ainda preferem rastejar na lama.
Na construção das personagens, James Cameron expõe quatro motivações distintas, a ganância, representada pela busca ao mineral e a riqueza material; a aventura, interpretada pela força militar que quer apenas mostrar a sua supremacia (Jake Sully, o personagem principal é inicialmente motivado pela aventura); o conhecimento, representado pelos cientistas que buscam apenas a sabedoria, Dra. Grace Augustine começa com este proprósito e acaba com o ceticismo, passando ao lado espiritual que é a quarta motivação apresentada, Jack Sully regressa da motivação aventuresta a motivação do espírito e ao amor.
O preconceito também é retratado no novo longa de Cameron, tanto o preconceito físico com o personagem Jake Sully que é paraplégico e que têm suas capacidades questionadas. Quanto o precoceito social, em relação ao modo de vida dos Navi, e isso nos faz pensar se progresso é mesmo sinônimo de evolução.
Outro tema que se relaciona com o enredo de avatar é a fuga para um mundo alternativo, vemos hoje isso com as pessoas que se escondem atrás da internet, e criam para elas o seu próprio mundo onde a sua realidade é bem melhor que a do dia a dia. Jake Sully abandonou os cuidados com seu corpo e real e dedicou toda a sua existência ao corpo de Avatar.
Em Avatar houve uma troca de valores relacionado a invasões alienígenas. Neste caso o ser humano é o invasor alienigena "do mal", melhor evoluído tecnologicamente, e os Navi, os seres menos desenvolvidos em questão tecnológica, entretanto, biologica e espiritualmente avançados. Ou seja, eles ao contrário dos humanos se moldaram e interagiram com o meio onde vivem e não o moldaram como fizeram os seres humanos.
O conceito religioso em Avatar é mostrado na forma utópica que o respeito é buscado não apenas para uma melhor vida pós-morte, mas também, para uma melhor convivência com o próximo.
Mas a abordagem central do filme é a ecologia, mostra exatamente o que está acontecendo em nosso planeta no momento, uma auto-destuíção desenfreada, notada por todos, mas respeitada por poucos. Jake se queixa de que na Terra não existe mais verde e teme o mesmo fim a Pandora. Avatar pode ser encarado como um filme de entretenimento, e realmente é, este foi o grande trunfo de James Cameron, inserir várias mensagens ao grande público, e quem sabe assim abrir os olhos da massa a questões importantes que andavam esquecidas e/ou ignoradas.

5 comentários:

  1. Avatar é meia boca
    Teria sido melhor ir ver o filme do Pelé.

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  2. Avatar é um ótimo filme somente para quem tem visão critica! Nos dias em que vivemos as pessoas querem somente se divertir, não se preocupam com questões sociais e é por esse motivo que a sociedade caminha rumo ao desastre!!!

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  3. É Balaban, bom é Mega Shark vs Giant Octopus!

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  4. A floresta colorida q brilha de noite do Avatar me lembra o livro História sem Fim, diga-se de passagem,deveria ser refilmado, pois o filme deixa de lado muita coisa...

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