terça-feira, 2 de fevereiro de 2010

ESPECIAL - BATMAN NAS TELONAS!

...Entrei na feira da fruta, pra ver o que a feira da fruta tem...


Neste especial falaremos sobre os longas de Batman, e analizaremos a importância que cada um teve para a saga do morcegão chegar onde chegou.
Como cada um dos diretores até então (Tim Burton, Joel Schumacher e Christopher Nolan), tiveram duas oportunidades de dar vida ao Batman nas telonas, dividiremos este especial em duas partes, e a primeira parte abordaremos o primeiro longa de cada um deles.
Existe outro longa mais antigo sobre o Homem-Morcego, baseado na série galhofa dos anos 60 com o pançudo do Adam West, mas achamos que não deve ser mencionado pois não se trata realmente de uma superprodução.

BATMAN (1989) Tim Burton
Batman Emo

Tim Burton deu um novo sentido à palavra Blockbuster quando levou Batman aos cinemas pela primeira vez, começava aí a era dos grandes gastos e os lucros meteóricos da indústria cinematográfica no verão americano.
Com um orçamento milionário para a época, Burton criou uma Gotham ao seu jeito, talvez a melhor Gotham City de todas as adaptações, na escolha de elenco grandes erros e grandes acertos, uma história que distorceu a origem do Batman, mas que no balanço geral não comprometeu a proposta inicial do filme, que é o entretenimento.
Todos sabemos que Tim Burton é um cara autoral e que não ia deixar de impor o seu estilo ao Batman, não que isso seja ruim; pelo contrário, o resultado final é muito bom, mas isto pode desagradar aos chatos de plantão. O longa tem um clima bem sombrio, característica essa ,que marca bastante o estilo de Burton e que casou perfeitamente com Gotham City, está tudo lá, becos escuros, fumaça saindo do bueiro, a bandidagem comendo solta, clima perfeito para o nosso amigo Batman deitar e rolar.
A direção artística do filme é fantástica, cada cenário, cada figurino, cada detalhe, é feito com maestria. O design de tudo é muito bem trabalhado, a Bat-roupa é estilo puro (apesar do Batman não conseguir mexer o pescoço com ela), a vestimenta perfeita para ir a qualquer Bat-zado (!). Não tem como olhar o Bat-móvel e não sentir aquela vontade de tê-lo na garagem, ou impressionar os amigos chegando pra um churrasco com a caranga do Homem-Morcego, com certeza o melhor Bat-móvel de todos.
E o que falar da trilha sonora, é simplesmente Batman, ouvimos e na nossa mente vem a imagem de Gotham City. Danny Elfiman, Eterno parceiro de Burton, fez um trabalho primoroso e conseguiu fazer a trilha sonora definitiva quando o assunto é o Homem-Morcego.
Michael Keaton como Batman foi um péssima escolha, não só por suas características físicas (magrinho e baixinho), mas também por seu jeito inevitavelmente canastrão, ele não nos convence como Batman nem quando aparece só a silhueta do morcego, se fossemos bandidos era mais fácil dar risada do que temer o cavaleiro das trevas. Kim Basinger também é difícil de engolir, é bunitinha, mas ordinária, é muito sem sal; Billy Dee Williams como Harvey Dent está mais para Lionel Ritchie do que para o futuro Duas-Caras, comissário Gordon é tão indiferente no filme que até tenho dúvidas se ele realmente aparece. Mas, não houve apenas erros na escolha do cast, Alfred é o Alfred, aquele mordomo gente boa, sempre pronto pra te entregar uma bandeja com champagne ou apertar o botão que abre a Bat-caverna, Jack Palance faz uma ponta como o rei do crime organizado, Carl Grissom, e não decepciona, quando ele e Jack Nicholson se enfrentam em uma das cenas, vemos um verdadeiro e maravilhoso duelo de titãs. E agora vamos falar de Jack Nicholson, o fodão, o pintudo, o cara, ele comanda o filme no papel do palhaço maluco, o Coringa, talvez seja fácil para ele imortalizar o maior vilão do Batman porque Nicholson foi basicamente ele mesmo, repleto de maneirismos, caretas e loucuras o Coringa rouba a cena toda vez que aparece, ele é na medida certa cômico e sinistro, um maluco da porra, chegamos a conclusão que só essa atuação antológica de Nicholson já vale o filme.
Podemos dizer que Tim Burton muito mais acertou do que errou em sua primeira empreitada no comando das aventuras do detetive-mamífero-voador, ele abriu caminho para o sucesso comercial do gênero "filmes de herói", e mesmo assim não deixou de lado toda sua originalidade que o fez ser o grande diretor que é hoje.

BATMAN ETERNAMENTE (1995) Joel Schumacher
Batman Homo

A bichóla do Schumi não se conteve e soltou a franga em Batman Forevis, a versão púrpurina do Homem(?)-Morcego. Não agradou aos fãs, nem aos críticos , nem gregos, nem troianos, talvez tenha agradado somente o Schumacher e o Ian Mckenllen, mas o desgraçado ainda conseguiu crédito pra queimar ainda mais a cara do morcegão de Gotham City, mas isso será assunto para a parte dois de nosso especial.
Resumindo... o filme é uma merda!
O filme começa com um gigantesco close no pacote do Batman. Bat-maçarico, Bat-foguete-nas-botas, Bat-o-caralho-a-quatro, Bat-estátua-da-liberdade-em-Gotham, tem de tudo nesta merda. Pausa, close no ganha pão do Batman. A versão Fashion Week do Homem(?)-Morcego, dá a impressão que o filme é dirigido por Clóvis Bornay. É raio laser, púrpurina, neon e o caraio (ui), tudo o que um bom(?) filme não hétero precisa ter.
A trilha sonora, por incrível que pareça não é da Bárbara Straissen (FODA-SE), enfim, é a única coisa que se salva no filme. Ah, e o Alfred, que continua o mesmo ator das prequências.
E falando em atores, não sabemos o que deu na cabeça de Tommy Lee Jones e Jim Carrey, ao aceitar a jornada homo pelo planeta arco-íris, mesmo sendo totalmente fora do "universo Batman" Duas-Caras e Charada ainda nos arrancam boas risadas, parecem dois discípulos do coringa, com seus brinquedinhos e gargalhadas insanas. Não vamos nem comentar Batman (Val Kilmer), Robin (Chris O'Donnel) e seu relacionamento, para nós o filme acaba aí, aliás, nem deveria ter começado.
Após torrar tanto a lata do Batman, Schumacher conseguiu botar o personagem na geladeira, e para tentar corrigir o deslize (ui) do diretor pelotense, oito anos depois a Warner resetou a série com Batman Begins.

BATMAN BEGINS (2005) Christopher Nolan
Batman Homem

A adaptação mais plausível de Batman, sem pó de arroz demais, nem púrpurina, o Batman de Nolan é o mais realista de todos, pode ser encarado de calça jeans e camiseta, sem a necessidade de capas, máscaras e cueca por cima da calça. A Gotham City sai de sua visão quase teatral dos antecessores e se torna uma grande metrópole, com polícia corrupta, um crime organizado e um governo cancerígeno, tal qual as metrópoles de hoje em dia, e isto contribui para uma realidade maior na história.
Como o próprio título nos sugere, Batman Begins é o começo de tudo (dã). Trata mais de Bruce Wayne e sua jornada até se tornar o cavaleiro das trevas do que do Batman em si. Uma pessoa desavisada assiste mais de uma hora do longa sem se dar conta de que é um filme do Batman. E nós perguntamos, isso é ruim?
Absolutamente não, com essa jornada do herói, Nolan nos mostra uma profundidade do personagem jamais explorada nos outros longas, que estavam mais preocupados em mostrar fantasias e parafernálias do que a verdadeira essência do (agora sim)HOMEM-Morcego.
Christopher Nolan é perfeito na construção da história, conduz de uma maneira a não deixar pontas soltas no roteiro e torna os maiores atos super-heróicos quase que verdadeiros, desde o voô do Super-Morcego até o motivo de usar um carro tão exótico.
O respeito aos persogens e ao espectador é claramente superior aos outros filmes, existe uma preocupação com os porquês; porquê batman era rico, porquê sabia lutar, o quê movia seu espírito heróico; tudo é feito com muito esmero, na rua dos bobos, número zero =D.
O Batman de Nolan, não pula no meio de trinta inimigos e sai ileso, ele procura a forma menos dolorosa e mais discreta de resolver um problema, por que ele sabe que se tomar um pipoco no filme de Nolan será fatal para o Chiroptera Sapiens (não entendeu? www.wikipedia.org).
Christian Bale pode ser considerado o primeiro Bruce Wayne de fato, porque depois de equívocos como: Michael (Franguinho) Keaton, Val (Boquinha) Kilmer e Dr. George Clooney (o maior dos equívocos), Bruce era carente de um bom intérprete. Mesmo no meio de grandes feras, Michael Caine, Gary Oldman, Liam Neeson e Morgan Freeman; Bale consegue se impor como protagonista do filme e assume definitivamente a capa do morcego e ganha as chaves do Bat-móvel.
Michael Caine perde pontos em relação ao antigo Alfred (Michael Gouch), mas não deixa a desejar; Morgan Freeman e Lucius Fox dão todo o suporte para o sucesso de Bale e Bruce Wayne; Liam Neeson nem precisa comentar, é Liam Neeson, transforma o vilão em um antagonista; Cillian Murphy traz à tona todos os medos de Batman no papel do espantalho, e pasmem, sobrevive, Nolan não quis usar a fórmula do "inimigo da vez", o que dá mais credibilidade aos seus "super" vilões, e Katie Holmes continua BOA como sempre.
A primeira empreitada de Nolan no comando da trupe de Gotham City foi extremamente satisfatória, tirou todo o esteriótipo que o gênero carregava (Efeitos legais + Roteiro idiota = Filme de herói) e ainda ressuscitou uma das mais lucrativas franquias da história do cinema.
Quem gostou BAT-palma, e quem não gostou, BAT-uma-pra-mim.

Batman realmente foi um guerreiro em sua tragetória cinematográfica, sobreviver as boiolices de Schumacher não é para qualquer um. E se tornar um épico depois disso, não é para qualquer um mesmo.

7 comentários:

  1. Ahhhhh
    Sempre falta algo! O detalhe é que existem grandes indícios de que os 2 filmes de Joel Clovis Bornay Schumacher sejam uma continuação dos 2 primeiros do Tim Burton!
    Parece palhaçada, mas tudo leva a crer, inclusive o fato de Tim Burton ser o produtor do Batman "Forevis". É de rachar a cara de vergonha...

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  2. bom que nesse post quase não tem erros de ortofrafia...

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  3. Arruma ae que eu to com preguiça

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  4. Esse fico comédia. Vc que eh o BArt? Bartolomeu? Então bart uma pra mim.

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  5. Odeio o Shumacher! Devia trabalhar na Mangueira (ui)

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